A pesquisa ouviu 300 eleitores, e a margem de erro é de 2,7 pontos porcentuais para mais ou para menos. Os números mostram que Adib, que gosta de ser chamado de “trator do Sudeste” e que já se considerou dono absoluto da cidade, está com seu reinado seriamente ameaçado.
Também fica evidenciada a inexpressividade do prefeito Velomar Rios, que, sem jamais ter disputado cargo eletivo, em 2008 ganhou de presente o comando de Catalão graças à popularidade – hoje desgastada – de seu padrinho político e então prefeito. Mesmo tendo o poder da caneta, Velomar é considerado hoje “carta fora do baralho” pelos companheiros de legenda e enfrenta altos índices de rejeição da sua gestão. Os números não chegam a ser novidade já que o PMDB de Catalão amargou uma importante derrota em 2010.
Adib Elias deixou a prefeitura em 2008 com sua popularidade em alta, apesar de ter protagonizado, em 2007, o escândalo relativo à Operação Ouro Negro. À época, Ministério Público e Policia Civil desbarataram um pesado esquema de corrupção que teria desviado mais de R$ 10 milhões dos cofres públicos, por conta de irregularidades na licitação de obras de pavimentação. Dois secretários de Adib saíram algemados da prefeitura e o nome do peemedebista foi citado em várias conversas comprometedoras gravadas com autorização da Justiça.
Em 2010, a situação do ex-prefeito mudou drasticamente. Inelegível por ter tido vários balanços da sua gestão (2001-2008) rejeitados pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Adib teve seu registro de candidatura negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Recorreu sem sucesso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Mas a pior derrota veio nas urnas. Amparado por uma liminar, Adib concorreu ao Senado, mas, desgastado, teve a pior votação da história do PMDB de Goiás para o cargo. Pior, perdeu em Catalão, seu grande reduto eleitoral, para o senador Demóstenes Torres (DEM) e viu sua mulher, Adriete Elias, ser derrotada na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa.
O governador Marconi Perillo (PSDB) bateu o candidato de Adib, Iris Rezende (PMDB), no primeiro e no segundo turnos em Catalão e para piorar, o maior adversário de Adib, Jardel Sebba, foi eleito como o deputado mais votado da região. Jardel Sebba é presidente da Assembleia e faz gestão moderna e que foi bem avaliada por deputados no primeiro semestre deste ano.
A reprovação da maioria ajuda a explicar os baixíssimos índices de intenção de votos do atual chefe do Executivo municipal – (8% na estimulada.)
Já o governador Marconi Perillo (PSDB), que assumiu há pouco mais de 8 meses enfrentando sérias dificuldades financeiras, tem sua gestão aprovada por 54.7 % dos entrevistados (10,7% de ótimo e 44,7% de bom). Mesmo com a recusa do prefeito Velomar em fazer parcerias e toda a força da máquina de propaganda peemeedebista atuando contra Marconi no município, o trabalho do chefe do Executivo estadual tem sido bem avaliado.
Os catalanos, por sua vez, não estão muito satisfeitos com a gestão da presidenta Dilma Roussef, que teve sua gestão avaliada como ótima, por 8,3% dos eleitores ouvidos e como boa por 33% dos entrevistados.
O ex-prefeito do município tem nada menos que 21,7% de rejeição. Quando o quesito é rejeição, Velomar Rios e Jardel Sebba aparecem praticamente empatados: o primeiro com 15% e o deputado estadual com 15,8%. Já Aguinaldo Mesquita, que também já governou Catalão, aparece com 16,3% de rejeição na pesquisa. Segundo o le- vantamento, 0,9% dos eleitores rejeitam todos os candidatos, 7% não rejeitam nenhum e 1,4% não souberam responder.
Editor de Política & Justiça
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Obrigado por ter comentado, o vereador da familia Corumbaibense agradece. Deus te abençõe!!