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Meirelles, a última vítima de Iris

Ex-presidente do Banco Central não suporta sistema de controle do PMDB goiano e vai para o PSD de Kassab

Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, aguentou até onde pôde em sua curta estadia dentro do PMDB. Sua entrada no PSD foi o fato político mais marcante da semana passada. E um dos capítulos a mais na história do PMDB goiano, que destituiu o diretório municipal na Justiça. 
Um dos motivos para o novo projeto partidário de Meirelles, com certeza, tem origem no comando a ferro e fogo implantado pelo ex-prefeito Iris Rezende, que domina a legenda goiana como se fosse um poderoso síndico.
Iris coleciona vítimas políticas de seu estilo autoritário, centralizador, egocêntrico e jovens lideranças decepcionadas com o papel secundário destinado a cada um. Todos são coadjuvantes e só Iris pode brilhar no palco. Parte significativa daqueles que tentaram respirar dentro da legenda foi obrigada, quando adquiriu luz própria, a fazer política em outros suportes partidários. Uma parte foi sufocada dentro do próprio partido. Estão desaparecidos ou na sombra do velho cacique – caso do ex-ministro Flávio Peixoto e o ex-senador Mauro Miranda.
Como nenhum outro político na história de Goiás, Iris conseguiu dominar uma legenda, tornando-a imagem e semelhança de seus interesses como homem público. A história da sigla, no Estado, começa e termina com ele. A prova é o esvaziamento recente do PMDB , que ampliou nos últimos meses. Meirelles entrou no partido em 2009 com a esperança de disputar o governo de Goiás em 2010. Iris preferiu disputar o cargo em seu lugar. Para Gilberto Kassab, fundador do PSD, Meirelles teria confidenciado a insatisfação pela falta do que fazer dentro do PMDB goiano. Acabou que Goiás perdeu um homem público de peso no cenário político internacional. Ao virar as costas para o ex-presidente do BC e Banco de Boston, Goiás perde mais do que o PMDB. 

Histórico
O histórico do PMDB é de inúmeras desistências nas últimas décadas. O ex-governador Mauro Borges teria sido um dos primeiros a desistir da característica submissão ao estilo de Iris. Enfrentando atualmente uma doença degenerativa (mal de alzheimer), Mauro não cansava no passado recente de apontar Iris como um político ‘autoritário e ditatorial’, que gostava de liderar sozinho. Quando venceu as eleições de 1982, já entrou na disputa acordado de que seria o próximo governador e Mauro Borges optaria pela disputa ao Senado.
No governo, Iris não atendeu aos pedidos administrativos de Mauro, que também desejava ajudar o colega na escolha de auxiliares e políticas públicas – o que era bastante natural, afinal Mauro tornou-se um político experiente após as agruras pós-1964. Mas, Iris não deu ouvidos e perdeu o aliado.
Tempos depois, Iris teve atritos com Nion Albernaz, ex-prefeito de Goiânia. O deputado federal constituinte desejava ser candidato ao governo. Tinha interesses ao menos no cargo de vice. Mas o PMDB, sob a batuta de Iris, optou por investir no candidato de bolso de colete do então ministro Iris Rezende, que era Maguito Vilela. A amizade de Iris e Nion remontava à década de 1960, quando Iris governava Goiânia e Nion era um dos seus principais auxiliares.
Na sequência, Iris atropelou Henrique Santillo, numa disputa histórica entre duas mentes brilhantes da época. Santillo acordou com Iris que seria o candidato ao governo em 1986. E Iris aceitou. Gestores administrativos da época, porém, dizem que o cacique do PMDB boicotou Santillo quando atuou como ministro no governo José Sarney. 
Os iristas apontam justificativas para estes atritos políticos. No caso de Nion, ele não teria aceito a condição de que não era o único interessado em subir de degrau na legenda. No caso de Mauro Borges, ele teria pedido o comando da Secretaria de Finanças e Iris, claro, negou. O órgão é o mais estratégico dentro da estrutura administrativa.
No caso de Henrique Santillo, Iris teria devolvido o comportamento com a mesma moeda: Santillo não o apoiou para ser candidato à presidente, esvaziando a campanha que ocorria em torno de seu nome no final dos anos 1980. Apesar de eventuais desculpas, os fins não justificam os meios. Iris acabou preterido por Ulisses Guimarães, um velho cacique nacional da legenda. Acabou ferido com o fogo que feria os desafetos.
O que todos apontam é que Iris não aceita ser contestado e persegue e tenta destruir todos aqueles que divergem de sua liderança. Dizem que para ficar no PMDB é preciso dizer “amém” a tudo e se comportar como cordeirinho. A forma de agir é geralmente passar o trator por cima de quem o decepcionou de alguma forma ou simplesmente deseja ocupar os espaços que ele já ocupa. No caso de Meirelles, o processo foi mais amplo. Não ocorreu um diálogo aberto. E Meirelles foi completamente injustiçado. Acabou sem cargo no governo federal em um primeiro momento. Hoje ocupa um cargo estratégico para as definições da Copa do Mundo, mas sem qualquer influência do PMDB.
Da nova geração de políticos, um dos primeiros a tomar rumo oposto foi Marconi Perillo. O governador que venceu Iris Rezende duas vezes nas urnas é o clássico jovem político asfixiado pela forma de agir do chefe do PMDB. Marconi foi eleito pela primeira vez dentro das fileiras peemedebistas, mas optou por seguir Santillo e abandonar a legenda. O caminho natural acabou sendo o PSDB. O ex-deputado federal Barbosa Neto também foi outro jovem peemedebista que deixou a sigla. Sandro Mabel disputou a Prefeitura de Goiânia pelo PMDB, em 1992, mas optou por abandonar a legenda.
Nos últimos meses, a sangria desatou. O ex-deputado federal Luiz Bittencourt, o deputado federal Thiago Peixoto e o deputado estadual Francisco Júnior optaram por deixar o PMDB goiano. Francisco diz que não enxerga possibilidades de crescimento no grupo de origem. Luiz Bittencourt se manifestou diversas vezes apontando a falta de espaço.

Por Welliton Carlos do DM

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