Passar em primeiro lugar no concurso para juiz substituto de Goiás foi inesperado, ou melhor, “uma obra de Deus”, como define Vaneska da Silva Baruki, 31. Já empossada no cargo desde o último dia 25 de janeiro, ela manuseia os processos com cuidado e diz que, quando tomou posse, se sentiu nas nuvens, como se o que estava a sua frente não fosse real. “Você sabe que é verdade, mas não sente. Com o passar do tempo , vai incorporando a função e pegando a alma da atividade”.
A magistrada diz que sua intenção agora é adaptar-se ao trabalho do Fórum e produzir como os profissionais que já estão na área há mais tempo. Vaneska decidiu cursar Direito inspirada por seu pai, que é advogado criminalista em Corumbá (MS), sua cidade Natal. “Achava bonito dar a cada pessoa o que é seu, fazer Justiça. Além disso, cresci respirando Direito”, conta. Após concluir a curso pela Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, foi envolvida pela advocacia e exerceu a função por seis anos em Corumbá.
Para Vaneska, a experiência que adquiriu ao longo dos seis anos em que advogou podem contribuir para o aprimoramento de sua carreira como juíza. A magistrada diz que conheceu o outro lado, o que pode lhe proporcionar mais sensibilidade para saber os problemas que envolvem o dia-a-dia da profissão. Em sua carreira, consta ainda a experiência como professora universitária.
Após a experiência na advocacia, decidiu retormar os estudos e tentar ingressar em uma outra atividade: ser juíza. Foram dois anos e meio de muito estudo constante e provas em diversos Estados. “Eu só estudava, não saía de casa.” Quando passou em Goiás, estava em outras três seleções: em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Escolheu o Centro-Oeste por estar mais próxima de seu Estado natal.
Ela relata que, no concurso de Goiás, entre os seis primeiros colocados há apenas um homem. “Brincamos que perdemos em quantidade, mas, em qualidade, nós esmagamos”, diz com humor. Já em tom de seriedade, Vaneska diz que não há dife-rença intelectual entre os sexos e que o crescente ingresso da mu-lher na magistratura é fruto de uma evolução social e sócio-econômica, reflexo de uma mudança inciada no passado. “Mas não é porque somos itelectualmente iguais que temos que deixar de ser femininas”, brinca.
Integrante dessa evolução feminina na carreira jurídica, Vaneska vê como positiva a mudança, pois, conforme explica, as mulheres estão conquistando seu espaço não só na magistratura, mas em todas as profissões e deixando para trás as amarras. Além disso, frisa que elas adquiriram independência econômica e emocional e podem andar com suas própias pernas. “Não podemos ter medo de enfrentar o novo. Todos somos capazes. Os pés que ficam parados criam raízes”, lembra da frase dita por seu pai no dia em que mudou-se para Londrina para cursar Direito.fonte:http://www.mp.go.gov.br
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Obrigado por ter comentado, o vereador da familia Corumbaibense agradece. Deus te abençõe!!